São Paulo, quinta-feira, 8 de setembro de 1994
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Equatoriano quer lazer barato

DANIELA FALCÃO; MARCOS NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O médico equatoriano Hugo Jaranillo, 38, está há três meses estudando em São Paulo e vive à procura de pontos turísticos em que não precise gastar muito e acha difícil encontrar.
Já o jornalista norte-americano Jonathan Baker, 47, que mora em São Paulo desde 82, acha que a cidade é inóspita.
Ele afirma ter sido espancado por policiais militares após cometer infração de trânsito.
O incidente teria ocorrido cinco dias após sua chegada ao Brasil.
"Me perdi no centro e, sem saber, entrei na faixa exclusiva para ônibus da avenida Brigadeiro Luís Antônio. Fui cercado por policiais que desceram dos carros berrando e apontando armas para mim."
O jornalista disse que tentou se explicar em inglês, mas os PMs não entenderam uma única palavra. "Eles me bateram e fui levado algemado para a delegacia."
Para evitar incidentes como este, as neo-zelandesas Susannah Parsons, 17, e Stephanie Mcnamara, 18, só saem acompanhadas de brasileiros apesar de estarem em São Paulo há seis meses.
"Agora que já falamos um pouco de português, dá até para arriscar sair por conta própria. Mas imagino a dificuldade dos que não falam nem espanhol, já que quase não existem cabines de informação", diz o australiano David Norris, 18, que participa de um programa de intercâmbio junto com Susannah e Stephanie.(DF)(MN)

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