São Paulo, quinta-feira, 8 de setembro de 1994
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Chacal escapou da morte em Entebbe

DA REPORTAGEM LOCAL

O terrorista Carlos, o Chacal escapou da morte na cidade ugandense de Entebbe. Essa é a versão do escritor David Yallop no livro "Até o Fim do Mundo".
No dia 4 de agosto de 1976, tropas israelenses mataram sete terroristas que haviam sequestrado um Airbus da Air France na semana anterior. Carlos teria escapado.
O avião fazia o vôo Tel Aviv-Paris. Quando sobrevoava Atenas, dois homens anunciaram: "Esse avião agora é nossa propriedade. Vocês irão para onde quisermos." E foram para Entebbe.
Para o resgate dos reféns, o chefe do Gabinete Militar israelense, general Mordechai Gur, preparou uma esquadra de quatro aviões.
Com identificações falsas eles conseguiram autorização para aterrissar no aeroporto de Entebbe.
Alguns comandos motorizados saíram do Hércules disparando na direção de soldados ugandenses. Outros foram para o Airbus.
A operação durou 53 minutos e só não foi perfeita devido à morte de quatro passageiros e do tenente-coronel Yehonathan Netaniahu, comandante da operação.
Um dos passageiros mortos foi a inglesa Dora Bloch, 73. Com uma espinha de peixe na garganta, ela foi enviada ao hospital de Mulago, em Campala, capital do país.
Reza a lenda que Idi Amin, enfurecido com a ousadia israelense, teria estrangulado Dora Bloch.
A operação Entebbe reacendeu o fervor nacionalista israelense, abalado desde 1973 com o ataque egípcio que precipitou a Guerra do Yom Kippur. O sentimento de orgulho nacional se refletiu até durante os funerais. Foi o tetra deles.

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