São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 1994![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Greve é eleitoreira, diz presidente da Fiesp
FRANCISCO SANTOS
"Inoportuna, inadequada e apressada", foram outros adjetivos usados por Moreira Ferreira para definir a greve. Ele afirmou que só há condições de discutir reajuste na data-base da categoria. "Faltou realismo a Vicentinho (Vicente Paulo da Silva, presidente da CUT) e ao Guiba (Heiguiberto Navarro, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD)", disse Moreira. Essa posição contraria a da Anfavea (associação das montadoras), que teria aceito o abono salarial sem repasse para nos preços. Para o presidente da Fiesp, a impossibilidade de repassar aos preços os reajustes de salários inviabiliza qualquer discussão sobre abono ou antecipação da data-base dos metalúrgicos. Para ele, mesmo quando chegar a data-base será "muito complicado" dar reajuste de salário sem repasse aos preços. "Quando chegar lá, vamos ver como estará o Brasil", disse. Momentos antes da sua entrevista, o ministro do Trabalho, Marcelo Pimentel, sugeriu que uma saída para dar o reajuste pretendido pelos metalúrgicos seria os empresários tirarem o dinheiro das suas margens de lucro. "Não há possibilidade de reduzir parte dos lucros. É uma posição absolutamente irrealista. Ninguém pode abrir mão neste momento dos seus pequenos lucros. A situação da indústria é muito delicada, muito difícil", disse Moreiera. Também o presidente em exercício da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Mario Amato, criticou a greve. Ele disse que a greve "é um direito" mas não pode ter fins eleitorais. Texto Anterior: Abono equivale aos 11,87% Próximo Texto: Plano Real vai ser mantido, diz Itamar Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |