São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 1994 |
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Plano Real vai ser mantido, diz Itamar
SILVANA DE FREITAS; FRANCISCO SANTOS
Itamar condenou a proposta de antecipação da data-base da categoria, em abril, após inaugurar a nova sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Antes, na sede da entidade, Itamar afirmou que "os trabalhadores precisam entender que há um Plano Real, que tem de ser mantido para interesse do país e não para interesse deles ou do governo". "Nós esperamos a compreensão dos trabalhadores em relação ao país e ao Plano Real", insistiu o presidente, na porta do Hotel Glória, onde está hospedado. Segundo ele, este setor "não tem nada a reclamar do governo", porque aumentou a produção com a redução das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) do carro popular. "Quando nós lançamos os carros populares, as vendas cresceram. As montadoras estão hoje com produção recorde. Na Fiat, 66% dos carros são populares. Na Autolatina, mais de 40%". Itamar disse não ser contra as greves. "Evidentemente, elas podem ser feitas, desde que se mantenham dentro dos parâmetros democráticos". Segundo ele, os ministros Ciro Gomes (Fazenda) e Marcelo Pimentel (Trabalho) estão acompanhando a greve dos metalúrgicos. O ministro do Trabalho, Marcelo Pimentel, disse ontem temer que o sucesso da greve dos metalúrgicos prejudique o Plano Real. "Se a greve fosse bem-sucedida, desestabilizaria o plano". O ministro também afirmou que os empresários podem repassar a inflação para os salários, independentemente da data-base, e que só não podem repassar os aumentos salariais para os preços. Com estas declarações, Pimentel destoou de Itamar que não confirmou a desestabilização do plano . (Silvana de Freitas e Francisco Santos) Texto Anterior: Greve é eleitoreira, diz presidente da Fiesp Próximo Texto: Jornalista autografa hoje livro sobre bastidores das importações de Israel Índice |
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