São Paulo, terça-feira, 13 de setembro de 1994
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Vítima; Massacre; Choque de culturas; Crítica; Protestos; Roma

Vítima
Uma mulher foi morta por seu marido no Egito por se recusar a ter relações com ele. Os dois haviam brigado após uma discussão sobre direitos da mulher. O homem se entregou à polícia depois do crime. O Islã proíbe que uma mulher se recuse a dormir com o marido.

Massacre
O representante de Ruanda na conferência disse que seu país não precisa de um aumento no número de nascimentos para repovoar o país. Apesar de ter perdido mais de um milhão de habitantes com a guerra, Ruanda tem uma das maiores densidades demográficas da África.

Choque de culturas
"Pela primeira vez desde o fim da Guerra Fria houve um confronto de culturas. É muito mais profundo do que demografia", disse o chanceler egípcio Amr Moussa sobre a conferência. "Nesta região há uma cultura divina e baseada na religião que precisa ser respeitada", completou.

Crítica
As ONGs européias reunidas no Cairo acusaram a conferência de gastar "dez dias falando do aborto e dez minutos sobre desenvolvimento". Elas criticaram a ação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional dizendo sobre a ONU que "o que se dá com uma mão se tira com a outra".

Protestos
Três grupos de mulheres fizeram manifestações ontem. Asiáticas protestaram contra a injustiça das relações Norte-Sul. Latino-americanas contra a posição das delegações de seus países. Muçulmanas contra a conferência.

Roma
A recusa do direito de reunificação familiar foi criticado pelo "Osservatore Romano", órgão oficial do Vaticano. "É mais uma prova de que a atitude dos países ricos é simplesmente neocolonialista".

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