São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994![]() |
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Ciro insunua acordo entre montadoras e metalúrgicos
SILVANA DE FREITAS
Ontem de manhã, no Rio, Ciro disse que "ninguém duvida que as montadoras não vão aumentar preços até a eleição". Em seguida, negou que o governo esteja preocupado com os reflexos eleitorais da greve dos metalúrgicos. "Eu não vim para o Ministério nem o presidente Itamar está no governo para fazer graça e amanhã ser acusado de comportamentos aéticos e imorais e de mistificar antes da eleição e depois trair o povo". Segundo ele, o governo não estaria impondo um "diálogo firme" com os metalúrgicos se tivesse "qualquer conveniência de natureza eleitoral". Ao embarcar para Brasília, depois de passar uma semana no Rio, o presidente Itamar Franco defendeu o Plano Real. "Esse é um plano que interessa ao país, não só ao governo, aos empresários e aos trabalhadores". O ministro da Fazenda desafiou os metalúrgicos a entrarem na Justiça. Segundo ele, a categoria não tem direito ao aumento salarial agora porque a data-base é em abril, e a antecipação salarial tradicionalmente é concedida em novembro. Ciro também desafiou o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, a provar que os números repassados pela área econômica a Itamar não são corretos. O ministro disse que o governo não vai permitir que "a conta do acordo seja mandada para a população". Segundo ele, o governo quer "persuadir" e não "machucar alguém". LEIA MAIS sobre a greve nas págs. 1-7 e 1-8 Texto Anterior: A alma do negócio Próximo Texto: Governo chama metalúrgicos e empresas Índice |
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