São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994
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FHC defende Lucena, punido por usar máquina do Senado

Decisão do TSE prejudica acordo tucano na Paraíba

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O candidato do PSDB à Presidência, Fernando Henrique Cardoso, considerou "um exagero" a decisão do TSE de cassar a candidatura de Humberto Lucena (PMDB-PB), presidente do Senado e do Congresso.
Lucena teve a candidatura cassada por mandar imprimir, na gráfica do Senado, em dezembro do ano passado, 130 mil calendários com a sua fotografia. Ele era pré-candidato ao governo da Paraíba.
"O senador Lucena não pode ser colocado no pelourinho", disse FHC. "Eu estranhei que um procedimento que até agora foi comum fosse utilizado no caso de Lucena", continuou,
Segundo FHC, o uso da gráfica do Senado para impressão de material eleitoral "deve ser revisto", mas o candidato considera que é o Senado que deveria "acabar com isso".
FHC, na verdade, defende um aliado político circunstancial. Lucena é o principal cabo eleitoral de Antônio Mariz, candidato do PMDB ao governo da Paraíba.
Mariz deveria declarar apoio a FHC amanhã, em viagem que o tucano faria à Paraíba. Os dois se encontraram ontem em Brasília. A punição do TSE brecou o processo.
Os próprios tucanos acharam inconveniente que FHC ligasse agora seu nome ao de Lucena.
Discurso
Nervoso e tremendo muito, Mariz fez ontem pronunciamento na tribuna do Senado condenando o que chamou de "decisão imoral" do TSE.
"Por que não cassaram os senadores Fernando Henrique (PSDB-SP), Mário Covas (PSDB-SP) e Nelson Carneiro (PP-RJ)?", perguntou. Disse ter citado os três porque são "exemplos de moralidade".
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Sobre a punição de Lucena na Especial-4

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