São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994
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Prefeitos do interior de São Paulo pedem vacinação contra meningite

DA FOLHA NORDESTE E DA

Folha Sudeste
Os prefeitos da região de Ribeirão Preto, no nordeste de São Paulo, vão pressionar o Estado para que seja feita uma vacinação em massa contra meningite.
A doença é uma infecção da meninge (membrana que envolve o cérebro). Causa febre, rigidez na nuca, vômito e dor de cabeça. É tratada com antibióticos.
Ontem, em uma reunião no Ersa-50 (Escritório Regional de Saúde) com a presença de 19 secretários municipais de Saúde, o Estado anunciou que não existe a necessidade da vacinação no momento.
Segundo o diretor do Ersa-50, Carlos Eduardo Martinelli, 62, a vacinação estaria descartada porque não há a predominância de um único tipo de bactéria causadora da meningite. As vacinas são específicas para cada tipo de bactéria.
Na região de Ribeirão, foram registrados este ano 11 mortes por meningite, 9 por bactérias tipo meningococo e 2 por tipo hemófilo.
Geraldo de Souza, 62, assessor do prefeito de Serrana, onde foi registrada uma morte por meningite, afirmou que deve ser feito um movimento para exigir a vacinação.
O prefeito de Ribeirão, Antonio Palocci Filho (PT), 33, marcou para a próxima segunda-feira uma reunião em São Paulo com o Centro de Vigilância Epidemiológica.
Ele quer explicações do Estado do motivo de não haver vacinação. "Diante do aumento de mortes devido à doença, é preciso que se comece a tomar decisões", afirmou.
Em Campinas, região sudeste do Estado de São Paulo, o Ersa-27 está em "alerta máximo" há um ano por causa do aumento do número de mortes por meningite meningocócica.
No primeiro semestre foram registradas nove mortes, um aumento de 200% em relação ao mesmo período do ano passado.

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