São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Prefeitura do Rio quer retirar 2 mil famílias de barracos sob viadutos

SILVIA NORONHA
DA SUCURSAL DO RIO

A Prefeitura do Rio planeja retirar as 2.000 famílias que vivem em favelas sob 16 viadutos da zona norte da cidade. Os moradores serão remanejados para terrenos do município.
Até o final de 94, três favelas serão destruídas e os moradores deslocados para terrenos com infra-estrutura (água, esgoto e luz).
A informação foi dada ontem pela coordenadora do programa "Viver sem Risco", da Secretaria Municipal de Habitação, Maria Isabel Tostes.
Ela disse que a Prefeitura cederá o terreno para que as famílias construam novas casas em regime de cooperativa. Os barracos dos viadutos serão destruídos.
Maria Isabel disse que pesquisa da secretaria mostrou que essas famílias construíram barracos sob viadutos por não poderem pagar aluguel nas favelas.
Os barracos são de madeira, pedaços de porta e janela e muitas vezes cobertos por plásticos.
Na segunda-feira, um incêndio destruiu os barracos sob o viaduto da avenida Francisco Bicalho (zona norte). As 56 famílias foram remanejadas pela Prefeitura.
Essas famílias faziam parte do programa de reassentamento previsto para este ano. O incêndio antecipou a retirada dos moradores.
Maria Isabel disse que até o final da administração do prefeito César Maia, em 96, todas as famílias deverão ser reassentadas. Segundo ela, a cada ano aumenta em 20% a ocupação dos viadutos.
Dois dos viadutos ocupados têm mais de 400 barracos cada. Segundo a pesquisa, feita ano passado, 34% dos moradores trabalham com carteira assinada.

Texto Anterior: Ministério prevê colapso na saúde se governo não repassar verbas
Próximo Texto: Novo múltiplo de 10 entra em circulação na segunda
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.