São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994
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Argentina liberta três dos libaneses presos por suspeita de terrorismo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Três dos cinco libaneses presos na Argentina no fim-de-semana foram soltos ontem. Eles foram detidos por suspeita de envolvimento no atentado a duas entidades judaicas que matou 96 pessoas em Buenos Aires em 18 de julho.
O juiz Mario Hachiro Doi, da Província de Misiones, onde os libaneses foram presos, disse que o juiz Juan Jose Galeano ordenou a libertação. Galeano, que investiga o atentado, não achou indício de ligação dos três com o caso.
Ahmad Mahmoud Joma e seu irmão Wallid Joma –dois dos que foram soltos– são naturalizados brasileiros. O terceiro é um rapaz de 16 anos que vive em Ciudad del Este, no Paraguai, e que não teve seu nome revelado por ser menor.
Galeano quer interrogar Ali Hussein Audí, que continua detido. O libanês teria dito ser agente do serviço secreto libanês. Segundo seu advogado, Gustavo Staude, ele é sargento de uma força policial do Líbano e não tem nenhuma ligação com terroristas.
Staude diz que ele foi preso por engano. Haveria um suspeito de nome parecido sendo procurado pela polícia, por causa informações passadas à Argentina pela polícia do Paraguai.
Segundo Staude, o quinto preso é um parente de Audí que havia ido buscá-lo no aeroporto de Porto Iguazú, onde os cinco desembarcaram provenientes de Beirute.
Com eles havia bilhetes aéreos da Air France, Aerolineas Argentinas e TAP, além de US$ 22 mil em dinheiro.
"Já faz 25 anos que eu moro aqui no Brasil. Nunca fizenos uma coisa errada", disse Ahmed Tomaa em Foz do Iguaçu, depois de libertado.

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