São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994
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Agências levam turistas para ver fenômeno

LUCIANA VEIT
DA REPORTAGEM LOCAL

Dia 3 de novembro a Lua encobrirá totalmente o Sol no hemisfério Sul. É o último eclipse solar total visível no Brasil antes do ano 2000. Como o próximo será em 2046, é melhor se garantir.
Agências de viagens têm pacotes montados para a observação do fenômeno (leia quadro abaixo), que ocorre pelo menos duas vezes por ano em alguma parte do mundo. Dessa vez, o Brasil é o melhor local para a observação.
Segundo Roberto Bosco, 47, pesquisador do IAG (Instituto Astronômico e Geofísico) a faixa que vai de Foz do Iguaçu a Criciúma, em uma largura de 200 quilômetros, é a melhor para a observação científica. A região inclui as cidades de Chapecó e São Joaquim.
Quanto mais perto dessa linha mais longo será o período em que o Sol permanecerá coberto, atingindo até quatro minutos.
Quem procura o fenômeno por sua beleza pode observá-lo de qualquer lugar em que ele atinja a totalidade.
Locais como o deserto de Atacama (Chile) e a Bolívia são propícios pelo baixo índice pluviométrico, uma garantia de céu aberto.
A rota do eclipse começa no oceano Pacífico. Segue sobre o Peru, norte do Chile, Bolívia, Paraguai, norte da Argentina, Brasil, de novo a Argentina e, por fim, o oceano Atlântico.
Por se encontrar no final do percurso, o Brasil é o melhor ponto para observação. O Sol estará quase a pino e não sofrerá tanta interferência da atmosfera, favorecendo a visão do fenômeno.
Em Foz do Iguaçu o eclipse total começa às 10h44 (horário de verão). Em São Paulo o eclipse será parcial (85% encoberto).
É preciso tomar cuidado ao observar o eclipse. Olhe diretamente para o Sol apenas no período em que a Lua o encobrir totalmente.
Antes e depois é preciso proteger os olhos, máquinas fotográficas e de vídeo. A melhor maneira é a observação indireta e a utilização de filtros nas câmeras.
O mais fácil é cobrir um espelho com um papel com furos e orientá-lo em direção ao sol, projetando o reflexo em uma parede. Há também os filtros protetores, mas a Associação Brasileira de Oftalmologia desaconselha seu uso.

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