São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994
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Itamaraty prefere diálogo

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil não vai apoiar a invasão do Haiti pelos Estados Unidos. A decisão do governo brasileiro é a de se abster do assunto, mantendo abertos os canais de negociações diplomáticas.
Essa proposta já foi defendida pelo embaixador Ronaldo Sardenberg em reunião do Conselho de Segurança da ONU, no último dia 31 de julho.
Na ONU, o Brasil defendeu a criação de uma missão diplomática para negociar com o governo do Haiti o término da intervenção militar e o retorno do presidente Jean-Bertrand Aristide ao poder.
Para o governo brasileiro, não houve tempo suficiente nem foram usados todos os canais diplomáticos possíveis para se evitar uma intervenção militar.
O diálogo com os militares haitianos foi conduzido pelo ex-chanceler argentino Dante Caputo, em Nova York, no ano passado.
A posição brasileira foi aprovada na reunião de cúpula do Grupo do Rio, um organismo de consulta de 14 países latino-americanos, que ocorreu na semana passada no Rio de Janeiro.
Em seu discurso na abertura da reunião, o presidente Itamar Franco pregou que haja um novo "esforço político e diplomático" em busca de uma saída pacífica para a crise política do Haiti.

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