São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994 |
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Perry prevê ação de no máximo dois dias
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Os porta-aviões USS Eisenhower e USS America estavam ontem com todos os helicópteros e homens para a invasão a bordo. Esta será a primeira vez na história militar dos EUA que soldados do Exército, e não fuzileiros navais, serão desembarcados de porta-aviões da Marinha na primeira leva de uma invasão a território estrangeiro. O objetivo do Pentágono é testar o grau de cooperação entre Marinha e Exército, duas forças que costumam ter alto grau de competitividade. Há algum mal-estar, em particular entre oficiais da Marinha. Eles temem que em caso de fracasso da operação ocorra alguma troca de acusações entre as duas forças e, em caso de sucesso, os "marines" (fuzileiros navais) possam se sentir dispensáveis. Pelos planos de invasão do Haiti, os "marines" só vão estar na primeira leva no ataque à cidade de Port-Haitien, no norte do país. O assalto a Porto Príncipe será feito por soldados da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército. O ex-secretário da Defesa Dick Cheney (governo Bush) elogiou a decisão de Perry: "É uma forma inteligente de usar os porta-aviões contra um inimigo que não tem nem Marinha nem Aeronáutica". O deputado Ike Shelton, do Partido Republicano, um dos especialistas em Forças Armadas do Congresso, também achou boa a iniciativa: "Em fase de restrição orçamentária, o ideal é praticar o máximo de sinergia". Há receio de que os radares potentes dos porta-aviões possam interferir com sistemas eletrônicos de helicópteros se eles ficarem a pouca distância uns dos outros. Esta será a primeira vez também que um porta-aviões com mulheres (cerca de 200 no USS Eisenhower) participará de um combate. Texto Anterior: Clinton teme voto do Congresso Próximo Texto: Bush vê 'trapalhada mental' Índice |
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