São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994
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Publicitários elogiam a iniciativa do jornal

DA REPORTAGEM LOCAL

O anúncio da nova coleção de fascículos da Folha teve uma reação positiva entre as lideranças do mercado publicitário.
Os presidentes das entidades do setor vislumbram nesse tipo de iniciativa uma forma de ampliar o hábito de leitura e as tiragens da imprensa no país.
"Oferecer o 'Aurélio', sinônimo de dicionário, é uma vantagem excepcional", disse o publicitário Roberto Duailibi, presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Propaganda), ao ser informado, na tarde da última sexta-feira, da nova coleção de fascículos da Folha.
Para Duailibi, também sócio e diretor da agência DPZ, são iniciativas como essa que "tiram o marketing dos jornais do antigo ramerrão" –referindo-se às iniciativas comuns e previsíveis– e os posicionam em um confronto contemporâneo.
"Quando se imaginou que um jornal brasileiro alcançaria uma tiragem de 1,4 milhão de exemplares?", indaga o publicitário, ao se referir ao número de exemplares vendidos pela Folha aos domingos com a publicação do atlas.
"O público está ávido de leitura, só precisa encontrar o canal", acredita Carlos Chiesa, presidente do Clube de Criação de São Paulo, que também elogia a escolha da Folha.
"Dicionário é ferramenta de trabalho, um brinde cultural de grande utilidade", acrescenta Chiesa, também vice-presidente de criação da agência Salles/DMB&B.
Daniel Barbará, presidente do Grupo de Mídia de São Paulo, diz que produtos culturais contribuem para o crescimento do patamar de público leitor.
"Somos todos influenciados por um raciocínio pautado pela TV", diz Barbará. "Mas foram notas de jornal que construíram o império de Assis Chateaubriand", acrescenta, ao se referir ao jornalista que fundou os Diários e Emissoras Associados.
Já os anunciantes vinculados à sua associação, a ABA, acompanham as inovações no meio jornal para posteriormente determinar o tamanho do contingente de novos leitores atraídos pelos fascículos, conforme revela Rafael Sampaio, vice-presidente executivo da entidade.
"Acredito que o público que vai continuar lendo o jornal depois de colecionar os fascículos será muito mais numeroso do que o de qualquer outra promoção do gênero", prevê Barbará.
Duailibi acredita que a concorrência entre os jornais transformou a década de 90 no período mais interessante da história da imprensa brasileira.
"Quem ganha com isso é o leitor", acredita.

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