São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994
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Disciplina marca estilo de Ciro Gomes

LÉA DE LUCA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Quem conhece Ciro Gomes de perto garante que o novo ministro da Fazenda é um viciado em trabalho: disciplinado e pontual.
Seus assessores dizem que a sinceridade também é marca pessoal de Ciro, e que por falar tudo o que pensa às vezes comete "excessos".
Seu estilo é mais para o informal. No Ceará, era fácil vê-lo de jeans e camisa de manga curta. Ciro tem apenas três ternos – o último, comprado para a posse em seu novo posto.
Nasceu em 15 de novembro de 1957, em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Mas ele próprio se considera um cearense.
Já jogou futebol, mas hoje não tem mais tempo. Gosta de comer caranguejo na praia, para onde vai sempre que pode com a família.
Dorme, em média, cinco horas por noite. Não costuma tomar café da manhã. No almoço, faz questão de farofa de ovo. Gosta também de comida chinesa.
Mas sua maior paixão é o cinema. Vê tudo o que passa no telão. O gênero preferido é ficção científica. Entre os filmes que Ciro mais gostou está "De volta para o futuro".
Sua bebida preferida é a Coca-Cola na versão diet. Não toma nada que tenha álcool. Também não fuma mais, parou no último Natal.
Está casado há 13 anos com Patrícia, 30, ex-militante do PC do B. Tem três filhos: Lícia, 11, Ciro, sete, e Iuri, cinco anos.
Estilo Ricupero
Rubens Ricupero, antecessor de Ciro Gomes, é quase seu oposto. Os assessores mais próximos dizem que Ricupero é discreto, mas não extremamente formal como a maioria dos diplomatas.
O seu esporte preferido é a natação. E a maior paixão é ler e traduzir poesias. Além do português, Ricupero fala outras cinco línguas.
Nasceu em São Paulo, em 1º de março de 1937. Casou-se com sua primeira namorada, Marisa, há 33 anos. Tem quatro filhos: Cristina, 30, Isabel, 28, Bernardo, 24, e Mariana, 17.
Leciona na UnB desde 1978 e no Rio Branco, desde 1980. Tem o hábito de comparecer semanalmente à missa. Durante os cinco meses em que foi ministro, costumava levar trabalho para casa.
Mas uma verdadeira obsessão que surgiu nessa época foi resguardar a família e a porta de sua casa dos jornalistas e da opinião pública.
Mas Ricupero gostava de responder cartas de todo tipo: oficiais, de amigos e de populares.

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