São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Isaac Akcelrud morre no Rio
DA SUCURSAL RIO Será enterrado hoje à tarde, no cemitério Israelita de Vilar dos Teles, na Baixada Fluminense, o corpo do jornalista, historiador e geógrafo Isaac Akcelrud.Ele foi colaborador da Folha, de 77 a 85, e também atuou como correspondente no Oriente Médio. Akcelrud, 80, morreu sexta-feira à noite de infarto no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo (zona sul). Deixa duas filhas, Leni, 51, e Lenira, 48, e quatro netos. Gaúcho de Santa Maria, Isaac Akcelrud foi militante do Partido Comunista do Brasil durante o Estado Novo, o que o obrigou a viver na clandestinidade sob o codinome de Josino Campos. Filiado ao Partido dos Trabalhadores desde o início dos anos 80, Akcelrud pertencia ao movimento "Paz Agora", que defende o desarmamento no Oriente Médio. Segundo sua família, ele se orgulhava de, sendo judeu, ter amigos dentro da Organização para a Libertação da Palestina. Além de diversos artigos na Folha e no jornal "Em Tempo", publicou três livros: dois sobre o Oriente Médio e outro sobre a reforma agrária, lançado em 1987 pelo Movimento dos Sem Terra. Recentemente produziu um artigo, ainda inédito, sobre Demisthócledes Batista, o Batistinha, ferroviário e líder trabalhista dos anos 60, assassinado no ano passado. Segundo sua família, Akcelrud considerava o assassinato como um ato político. O corpo de Isaac Akcelrud será velado até 12h na Chevra Kadisha -instituição funerária judaica-, na rua Barão de Iguatemi, 306, na Tijuca (zona norte). De lá o cortejo segue para o sepultamento no cemitério israelita de Vilar dos Teles (Baixada Fluminense). Texto Anterior: Orçamento não prevê correção do mínimo Próximo Texto: Metalúrgicos começaram a primeira greve do Real Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |