São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994 |
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Pequena discrepância é normal, diz Markun
DA REDAÇÃO Diretor da revista "Radar" e do boletim "Deadline", que também pesquisa o espaço dos presidenciáveis nos jornais, Paulo Markun avalia que a imprensa está cumprindo bem seu papel nas eleições: "O maior sintoma de que a imprensa está indo bem é que todos os candidatos reclamam dela, do Enéas ao Fernando Henrique".Para Markun, a mídia está se esforçando para fazer uma cobertura equilibrada: "Há diferenças de enfoque. Há jornais mais isentos que outros, mas mesmo os que favorecem mais um candidato em editoriais e colunas assinadas estão tentando equilibrar o noticiário". Sobre os levantamentos Deadline e Datafolha, Markun diz que os resultados são muito parecidos. "As pequenas discrepâncias são normais, podem estar até dentro da margem de erro", compara. O Deadline classifica o noticiário segundo o impacto que ele tem sobre o leitor/eleitor. Positivo pode ser uma declaração de apoio. Exemplo de informação negativa é o eventual desânimo em uma candidatura. "Mas no fundo o critério é subjetivo", pondera Markun. Uma diferença metodológica em relação ao Datafolha é que o Deadline desconsidera os editoriais que expressam a opinião dos jornais e as colunas assinadas. "Tomamos algumas liberdades para manter um critério justo", diz. E cita como exemplo o caso do jornal gaúcho "Zero Hora", que criticou a pesquisa Deadline: "Como é um tablóide, nós aumentamos em 40% a centimetragem de seu noticiário para manter a proporção em relação aos jornais tamanho standard". Texto Anterior: Folha realiza cobertura mais crítica ;Percentuais; Subjetividade Próximo Texto: Tucano tem maior taxa de noticiário positivo Índice |
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