São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994 |
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Outras moedas fortes são opção ao dólar
GABRIEL J. DE CARVALHO
Em dois meses e meio, o marco alemão, por exemplo, teve sua cotação de venda estabilizada em torno de R$ 0,60 no mercado de taxas flutuantes (turismo). Queda mais forte como a do dólar ocorreu no mercado de câmbio comercial, usado nas exportações e importações (ver gráfico ao lado e os preços no Roteiro de Índices). O mercado de taxas flutuantes para outras moedas não é tão sensível a circunstâncias econômicas e monetárias como as atuais, explica Clarice Pechman, diretora executiva da Anecc (Associação Nacional de Empresas Credenciadas em Câmbio). Mesmo com o dólar barato, especialistas em câmbio-turismo aconselham a compra de outras moedas para quem vai viajar para países da Europa ou Japão. Clarice Pechman recomenda que o viajante leve a moeda do país para aonde se dirige, em quantidade compatível com as despesas que espera efetuar por lá. Ao chegar à Alemanha, por exemplo, dólares precisarão ser trocados por marcos e o viajante pagará uma comissão. Levando a moeda local há economia em termos monetários e de tempo, diz a diretora da Anecc. O problema, acrescenta ela, é que no Brasil não é tão fácil encontrar moedas fortes como o marco alemão, o franco suíço e o iene. Hélcio Kronberg, diretor da Torremolinos Turismo & Câmbio, lembra que, em função da pouca disponibilidade física de moedas européias no Brasil, quem tem estoque não quer se desfazer dele. É mais fácil o vendedor fazer preço. Há anos o dólar vem se desvalorizando em relação às moedas européias e ao iene. De 28 de junho a 13 de setembro, a moeda dos EUA perdeu 2,49% frente ao marco. É outra desvantagem para quem vai à Europa só com dólares no bolso. Quem se dirige à Bélgica, França ou Espanha deve dar preferência ao franco francês, afirma Kronberg. Se o destino for Itália, Suíça e Suécia, a moeda mais aceita é o franco suíço ou marco alemão. México e América do Sul, o dólar. Mas qualquer que seja a moeda escolhida, o viajante deve fazer uma pesquisa de preços em bancos e agências de câmbio antes de comprar, diz Kronberg. Texto Anterior: Juros ainda podem subir Próximo Texto: Restituição do IR é corrigida Índice |
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