São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994
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'Já passei por 300 empresas'

MARIA SANDRA GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Com trabalhos prestados a mais de 300 empresas, Deborah Melo, 26, está há nove anos no mercado de trabalho temporário. Ela começou aos 17 anos e nunca quis um emprego efetivo.
"Comecei em feiras e congressos. Depois, passei a fazer promoções em supermercados e atualmente trabalho com supervisão de promoções", conta ela.
Respeitar horários, vestir-se adequadamente e só assumir compromissos que pode cumprir são alguns segredos de Deborah para nunca ficar sem trabalho. "Não sei o que é desemprego", afirma.
Deborah acha que o trabalho temporário traz muitas vantagens. "Conhecemos muita gente, fazemos muitos contatos. Além disso, nossa remuneração é equiparada à dos outros trabalhadores."
O ganho médio mensal de Deborah equipara-se ao de uma secretária –cerca de R$ 545,00, em média, segundo pesquisa do Datafolha para a "Bolsa de Salários".
Entre as desvantagem está a instabilidade financeira para as mulheres grávidas. "O início de carreira também é difícil, é preciso ser insistente."
Uma dica para quem está começando é frequentar feiras e congressos e se cadastrar em agências especializadas. O ideal é ter ficha em várias delas, "mas nunca mais de dez", avisa Deborah. "Caso contrário, não se consegue atender todos os chamados."
Também não é recomendável quebrar um contrato temporário antes do prazo previsto para começar uma atividade mais rentável. Esses detalhes prejudicam a imagem do profissional.
Deborah aconselha a aquisição de catálogos com o endereço dos expositores que "toda feira ou congresso tem". Segundo ela, esse catálogo é uma boa fonte de contatos para emprego.
Se não for possível ter o catálogo, o candidato deve visitar cada estande e pedir para preencher uma ficha para o próximo evento.
Procurar a administração de shopping centers também é uma das maneiras de se conseguir uma vaga, "especialmente em épocas de maior venda, como agora, no final de ano".(MSG)

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