São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994
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EUA têm planos de reconstrução do país

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Mesmo que a missão Carter seja bem-sucedida e um confronto evitado, tropas dos EUA vão desembarcar no Haiti para tentar manter a ordem e ajudar a reconstruir a sua infra-estrutura econômica.
Segundo o Pentágono, a operação pacífica vai custar cerca de US$ 350 milhões em seis meses. A invasão foi orçada por congressistas entre US$ 450 milhões e US$ 625 milhões.
Se o presidente Aristide retornar ao poder, cumpre o restante de seu mandato (até fevereiro de 1996) sob forte monitoramento dos EUA.
O advogado de Miami Ira Kuzaban e o ex-deputado Michael Barnes, de Maryland, serão assessores influentes. Eles têm sido íntimos conselheiros no exílio.
O deputado Joseph Kennedy, sobrinho do presidente, também vai ter papel de relevo. Ele deu credibilidade ao governo no exílio com o peso do nome da família.
Aristide prometeu anistia aos inimigos. Mas não poderá confiar neles em questões de segurança.
Por isso, vai ter que construir uma nova polícia e um novo Exército. Já recruta voluntários entre os refugiados em Guantánamo e entre os emigrantes ilegais nos EUA.
Aristide pretende convencer empresários a investirem em seu país natal. Há uma classe média haitiana nos EUA mais numerosa e mais rica do que a do Haiti.

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