São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 1994 |
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Criador era bufão da moda
EVA JOORY
As roupas de Moschino são, antes de tudo, peças de rara originalidade. Ao contrário do classicismo de seus colegas, o excêntrico estilista sempre gostou de ir contra a corrente da moda industrializada. Habilidoso com palavras, Moschino logo se tornou conhecido por brincar com elas criando mensagens ora políticas, ora irônicas, que transmitia através de suas roupas. Trabalhou e divulgou mensagens de paz, usando imagens clássicas como a pomba e o símbolo de "Paz e Amor" e provocou com interrogações. Sua influência vinha do surrealismo de Salvador Dali e René Magritte. Duas de suas criações mais populares são um blazer adornados por talheres de ouro e uma coleção baseada em um jogo de baralho. Suas campanhas publicitárias também ganharam um tom surrealista. Numa delas, colocou sua modelo preferida, Violeta Sanchez com um avião na cabeça. O estilista foi a espécie de porta-voz dos anos 80. Levantou todas as preocupações de estilo que afligiam a moda, como preço, idividualidade e o uso da cor. Ao mesmo tempo, popularizou mensagens como "Pare a Indústria da Moda", "Desperdício de Dinheiro" e "Mais é Mais" e comercializou o estilo "cheap and chic" (barato e chique), que se transformou na sua segunda marca, mais barata. Texto Anterior: Estilista Moschino morre aos 44 Próximo Texto: 4 mortos em tiroteio no centro de Pequim; Ataque tâmil pode ter feito 56 mortos Índice |
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