São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 1994
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Justiça deve rastrear contas

DA REPORTAGEM LOCAL

Os policiais civis que foram citados pelo comerciante José Gonzaga Moreira, o "Zezinho do Ouro", como envolvidos em esquemas de corrupção na Polícia Civil poderão ter seus sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça.
Essa afirmação foi feita pela promotora Eliana Passarelli, 38, na última semana. A promotora disse que encaminharia o pedido para o juiz Maurílio Lemos Porto Alves, que preside a sindicância sobre as denúncias.
A sindicância da Corregedoria do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça) já tem quatro volumes. Ao todo, o informante da polícia já citou 52 delegados e investigadores.
Uma cópia da sindicância será encaminhada para a Corregedoria da Polícia Civil, que deve abrir hoje um inquérito para investigar as denúncias de Zezinho do Ouro.
Segundo ele, há várias quadrilhas formadas por policiais envolvidas em tráfico de drogas, extorsão, corrupção, assassinatos, desvio de mercadorias roubadas e venda de liberdade para ladrões.
O informante decidiu fazer as denúncias há um mês, afirma, após escapar de dois atentados.
Ele diz que policiais do 9º DP estariam por trás dos atentados. "Foi o investigador Gilberto Brito que mandou me matar."

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