São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 1994
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Mercado acionário volta a registrar alta

RODNEY VIRGILI
DA REDAÇÃO

As Bolsas de Valores operaram ontem em alta. O volume de negócios foi maior. A queda nas taxas inflacionárias explicou a valorização do mercado acionário.
Os analistas do mercado acionário torcem por FHC e especularam ontem com uma série de boatos, entre eles o de que pesquisas eleitorais consolidariam a vitória do candidato tucano e que devem ser divulgadas nos próximos dias denúncias contra o PT.
Ao mesmo tempo, os operadores consideraram que o depoimento de PC "isentou" Marco Maciel (vice de FHC).
O Banco Central não realizou intervenção no mercado do câmbio ontem. No dia anterior, o BC interveio pela primeira vez desde o início do Plano Real. A expectativa do mercado é que as intervenções do BC somente devem acontecer quando o dólar comercial ficar abaixo de R$ 0,85.
Os negócios no dólar comercial ficaram em média a R$ 0,857 para venda ontem, contra R$ 0,854 no dia anterior.
A atuação do BC na véspera acabou provocando ontem queda no ágio do paralelo para 3,85%, contra 5,39% no dia anterior.
Os juros voltaram a recuar ontem. O índice da Fipe relativo à segunda quadrissemana de setembro demonstrou inflação em queda, puxando as taxas de juros para baixo.
No mercado de CDBs pós-fixados, as taxas médias caíram de 18,5% ao ano no dia anterior para 18% ao ano, refletindo a expectativa de que o redutor da TR caia de 1,2% para 1%.
(Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,126% no último dia 19. A taxa média do over foi de 5,37% ao mês, segundo a Andima. No mercado de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 5,38% ao mês.
CDB e caderneta
As cadernetas rendem 2,9611% hoje. Os CDBs prefixados para 30 dias pagaram entre 32% e 51,96% ao ano. Os papéis pós-fixados de 153 dias pagaram taxas de 17,5% e 18,5% ao ano mais a TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,52% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): as taxas variaram entre 56% e 68% ao ano.
No exterior
Prime rate: 7,75%. Libor: 5,69% ao ano, contra 5,38% no dia anterior.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 53.435 pontos, com alta de 3,2% e volume financeiro de R$ 380 milhões. Rio: valorização de 3,3% (I-Senn), fechando com 22.005 pontos e volume financeiro de R$ 57,12 milhões, contra R$ 46,55 milhões no pregão anterior.
Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou a 3.851,60 pontos, contra 3.869,12 no pregão anterior. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.338,00 pontos, contra 2.359,00 pontos no pregão anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 19.885,38 pontos, contra 19.837,27 no pregão anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,855 (compra) e R$ 0,857 (venda). Segundo o Banco Central, o dólar comercial foi negociado no dia anterior, na média, por R$ 0,852 (compra) e por R$ 0,854 (venda). "Black": R$ 0,870 (compra) e R$ 0,890 (venda). "Black" cabo: R$ 0,865 (compra) e R$ 0,875 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,850 (compra) e R$ 0,880 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: queda de 0,95%, fechando a R$ 10,945 o grama na BM&F, movimentando 1,59 tonelada.
No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a US$ 1,5790, contra US$ 1,5765 no dia anterior. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5450 marco alemão, contra 1,5515 no dia anterior. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 97,88 ienes, contra 98,50 ienes. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 394,10, contra US$ 393,60 no dia anterior.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para setembro fechou a 3,85% ao mês.
No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,862 para 30 de setembro.
O índice Bovespa no mercado futuro para outubro fechou a 56.000 pontos.

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