São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 1994
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CBF afasta vascaíno que fugiu do antidoping

DA SUCURSAL DO RIO

O jogador William, do Vasco, foi suspenso ontem por 20 dias pelo presidente do Tribunal Especial da Confederação Brasileira de Futebol, Luiz Cláudio Bezerra de Menezes.
Nesse período, chamado de "suspensão preventiva", o meia não poderá jogar, o que coincide com o início da segunda fase do Brasileiro.
O motivo foi o fato de William não ter recolhido urina para exame antidoping após o jogo contra o Guarani, sábado passado em Campinas (SP).
O Vasco foi notificado ontem da suspensão e terá cinco dias, a contar de ontem, para apresentar a defesa do jogador e do vice de futebol do clube, Eurico Miranda.
Ele afirmou ter ordenado que William parasse de tentar urinar, às 19h45 de sábado, para não perder o vôo para o Rio.
William pode ser indiciado no artigo 152-E das Normas Orgânicas do Futebol Brasileiro. Se condenado, a suspensão será de quatro meses a um ano.
Esse artigo das "Normas" considera dopado o jogador que se retira do local de coleta da urina sem recolher o material.
Miranda considerou uma "palhaçada" a "ameaça" de suspensão. "Não poderíamos esperar a vida inteira para o jogador urinar."
William está na Coréia do Sul, excursionando com o Vasco, mas o clube orientou que não jogasse o amistoso de hoje.
No Rio, a mulher do jogador, Eliana, disse que ele ficou "chateado" ao ser informado por telefone sobre a suspensão.
Reis sugeriu que a partir de agora, se um jogador não urinar nos 30 minutos seguintes ao fim da partida, se use uma sonda para recolher o material.

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