São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 1994 |
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OS PERSONAGENS DA CRISE HAITIANA Bill Clinton Depois de saborear breve alívio dos críticos por ter evitado a invasão do Haiti, está de novo sob fogo cruzado: de um lado, é acusado de ter feito concessões demais aos militares que acusou de "bandidos" e que agora colaboram com ele; de outro é atacado por não manter diálogo formal com o governo de fato do Haiti e não suspender o embargo contra o país. Jimmy Carter Apesar de estar na fase de maior prestígio de sua vida, candidato ao Prêmio Nobel da Paz, é alvo de críticas de seus antigos adversários conservadores que o julgam ingênuo, de seus antigos protegidos, como o secretário de Estado Cristopher, enciumados por sua atuação, e de seu aliado Clinton, de quem roubou a cena duas vezes este ano. Jean-Bertrand Aristide Sem armas, sem dinheiro, sem gozar da confiança de seus protetores, joga com seu único trunfo, o fato de ser o presidente eleito do Haiti, para tentar amenizar as vantagens políticas obtidas por seu arqui-inimigo Cedras no acordo com Carter; seu principal objetivo agora é ver o Exército, a polícia e os paramilitares do Haiti desarmados pelos EUA. Raoul Cedras Por enquanto, o grande vencedor da crise; na quinta-feira, era um "bandido", agora é "um homem com grande senso de honra"; não foi deposto, não vai ser exilado, tem 25 dias no poder para aumentar sua rede de apoio e intimidar a de Aristide e assim se preparar para as eleições parlamentares de dezembro e presidencial de 1995, à qual quer concorrer. Texto Anterior: Comandante promete menos repressão Próximo Texto: Papel dos militares divide americanos Índice |
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