São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994
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Indecisos para Câmara somam 68%

DA REPORTAGEM LOCAL

A pouco mais de uma semana das eleições de 3 de outubro, 68% dos eleitores brasileiros ainda não sabem em quem votar para deputado federal.
Apenas 22% dos eleitores já escolheram seus candidatos e somente 6% dizem que anularão o voto ou votarão em branco.
A pesquisa Datafolha, feita entre 13 e 15 de setembro, mostra que, pelo menos até agora, a tendência do voto no Legislativo não tem acompanhado as sondagens para a Presidência.
O PSDB de Fernando Henrique Cardoso, líder de todas as pesquisas presidenciais, tem somente 3% da preferência dos eleitores já definidos. Os outros partidos de sua coligação, PFL e PTB, têm respectivamente 3% e 1%.
Já o PMDB de Orestes Quércia, que disputa uma das últimas colocações da pesquisa presidencial, tem isoladamente 6%. É o maior índice obtido pelos partidos entre os eleitores já definidos.
O PT de Luiz Inácio Lula da Silva, segundo colocado nas pesquisas para o Planalto, tem 2% –mesmo índice obtido pelo PPR de Esperidião Amin e pelo PDT de Leonel Brizola. O PL tem 1%.
Líder da pesquisa para deputado federal, o PMDB tem suas maiores votações em Goiás (13%) e no Mato Grosso do Sul (11%).
O PFL tem sua maior preferência em Pernambuco (14%) e na Bahia (10%). O PSDB dispara no Ceará (11%) e o PT no Distrito Federal (7%).
Campanha
O número de eleitores que pretende votar em um dos atuais deputados federais cresceu de 21%, na pesquisa realizada em 25 e 26 de julho, para 31% na pesquisa de 13 a 15 de setembro.
O acréscimo parece estar ligado à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. No mesmo período, caiu de 48% para 43% o número de eleitores que pretende votar em um candidato que não é deputado.
O número de eleitores que não sabem em quem pretendem votar oscilou de 18% para 17%, enquanto a taxa dos que querem votar em branco ou anular o voto caiu de 11% para 5%.
Imagem
A pesquisa também constatou que melhorou a avaliação dos deputados federais e senadores diante da opinião pública. O índice ótimo e bom variou de 15% para 19%, apesar de o Congresso Nacional não ter feito praticamente nada nesses últimos três meses.
Na última pesquisa que aferiu essa avaliação, em julho, 40% consideravam regular a atuação do Congresso. Agora esse índice caiu para 36%. A taxa de ruim e péssimo não sofreu alteração, permanecendo em 33%.
A maior aprovação ao Congresso vem dos eleitores de Leonel Brizola (26%); em segundo ficam os eleitores de Quércia (25%), seguidos pelos de FHC (21%).
A desaprovação (ruim/péssimo) é elevada entre os eleitores desses candidatos a presidente: 39% dos pretendem votar em Amin, 40% daqueles que preferem Lula e 44% dos querem votar em Enéas.

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