São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994
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'Fantasma' reduz otimismo

CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

O otimismo dos tucanos sobre a vitória de Mário Covas só não é maior porque ronda o candidato a fama de perder votos à medida que a eleição se aproxima.
Não-admitido oficialmente, o "fantasma" da sucessão estadual disputada em 90 ainda ronda o partido e é motivo de ironias entre os adversários do tucano.
Como na campanha atual, Covas era dado naquele ano como um dos favoritos à eleição que acabou sendo conquistada por Luiz Antonio Fleury Filho.
1990
Até junho de 90, o tucano era um dos mais cotados, com 29% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha feita naquele mês, atrás apenas de Paulo Maluf.
A partir do final de julho, porém, Covas começou a oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto. Dos 26% aferidos em julho, Covas passou para 20% em agosto e 18% no início de setembro.
Covas foi ultrapassado na primeira quinzena de setembro pelo candidato oficial Luiz Antonio Fleury Filho. Na época, o Datafolha registrou 20% para o peemedebista e 15% para Covas.
O tucano se manteve na faixa dos 15% e acabou derrotado por Maluf e Fleury, que disputaram o segundo turno.
O assessor tucano Fernando Pacheco Jordão afirma que a história não vai se repetir este ano. Na sua opinião, "o fenômeno de 90 não se repete agora porque ele (Covas) não está caindo nas pesquisas".
Ponto alto
O tucano começou a campanha deste ano, segundo o Datafolha, com 56% das preferências em maio. Oscilou para 59%, seu índice mais alto, em junho. No final do mesmo mês caiu para 48% e voltou a subir para 52% em agosto.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada ontem, Covas passou para 47%, oscilando um ponto percentual em relação à semana anterior, 46%.
A margem de erro é de três pontos percentuais.

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