São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994 |
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Extrema-direita do Haiti repudia ocupação
CLÁUDIO JULIO TOGNOLLI
O "Capois la Mort" é a única organização paramilitar que tenta penetração no terreno político sem omitir do público e da imprensa suas intenções golpistas. O porta-voz Franck Pierre pediu aos moradores de Petyon Ville, o distrito rico da capital, que "façam força e tenham presença pública para que os brancos (tropas dos EUA) não pensem que que só há gente que os aplaude". O secretário de Defesa dos EUA, Willian Perry, e o chefe do Estado Maior americano, general John Shalikashvili, chegaram ontem ao Haiti para vistoriar a operação militar norte-americana no país em uma viagem de um dia. Eles visitariam o Cabo Haitiano e Porto Príncipe, centros da operação militar. Estão no país cerca de 8.400 militares, e o contingente total da operação deveria atingir 15 mil homens neste fim-de-semana. Não estavam previstas reuniões de Perry e Shalikashvili com os líderes militares haitianos. Anteontem, o comandante da operação norte-americana no Haiti, general Hugh Shelton, reuniu-se com o homem-forte do Haiti, general Raoul Cedras. Eles discutiram a transferência de poder para a volta do presidente deposto, Jean-Bertrand Aristide. Um acordo fechado no domingo passado entre uma delegação dos EUA e governantes haitianos prevê a volta de Aristide ao poder antes de 15 de outubro. A presença de patrulhas norte-americanas nas ruas de Porto Príncipe fez com que os partidários de Aristide voltassem às ruas. "Somos Lavalas", gritavam haitianos, referindo-se ao grupo de origem agrária que conduziu o presidente Aristide ao poder em 1991. O chefe de polícia, coronel Michel François, se reuniu com o comandante dos patrulheiros americanos, coronel Mike Sullivan. François é acusado de ordenar a morte de seguidores de Aristide. Com agências internacionais. Texto Anterior: Crença contradiz desenvolvimento Próximo Texto: Dois civis já morreram Índice |
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