São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994
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Comerciantes já calculam os novos preços

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O comerciante Elias Zak Zak Neto, 28, dono da Escócia, loja de massas e bebidas importadas, localizada no centro de São Paulo, já fez as contas.
A redução de 30% para 20% no Imposto de Importação das massas alimentícias vai resultar em uma queda de 12% nos preços de seus produtos ao consumidor.
"Vou poder vender um pacote de 500 g de macarrão da marca italiana Zara por R$ 0,88, muito próximo do preço nacional de qualidade similar, que está na faixa de R$ 0,70", diz.
Trabalhando com seis marcas italianas, ele vende cerca de 5.000 kg de massas por mês. Sua margem de lucro fica entre 20% e 25%. "Este ano, as vendas já aumentaram em 20%", afirma.
Brinquedos
Eduardo Pedro, 48, donos de três lojas Brinquedos Laura, em shoppings de São Paulo, planeja ampliar seu público consumidor, com redução do Imposto sobre Importação.
Hoje, a grande maioria de sua clientela é formada hoje por pessoas de alto poder aquisitivo. "Agora, pretendo atrair também a classe média", diz.
Ele calcula que a redução do Imposto de Importação permita uma queda de 5% a 10% no preço final dos produtos.
Pedro cita como exemplo as bonecas articuladas que estão chegando da Espanha. "Os modelos de 50 centímetros de altura, custarão R$ 90,00, em vez de R$ 100", diz.
Para ele, a melhor opção é a importação sob encomenda, através de empresas especializadas.
"Os custos podem ficar entre 30% e 50% menores do que a compra de distribuidoras exclusivas", diz.
Há 22 anos no mercado, Pedro resolveu trabalhar com importados em 1990. Hoje, eles correspondem a 70% de suas vendas.
A maioria vem dos Estados Unidos. A margem de lucro da empresa gira em torno de 50% e o faturamento mensal de cada uma de suas lojas é cerca de R$ 50 mil.

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