São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994 |
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O mestre passa ao sonoro
INÁCIO ARAUJO Quando Hitchcock começou a filmar "Chantagem e Confissão", a idéia era fazer um filme mudo. No meio, o produtor decidiu que seria sonoro. O diretor já havia pensado no caso. De maneira que temos dois filmes em um: os primeiros minutos são inteiramente sem diálogos. A seguir, fala-se. E os diálogos não lembram o tatibitate dos primeiros "talkies". Como a atriz era alemã, Hitchcock providenciou para que ela fosse dublada em pleno momento da filmagem. Tanto no aspecto técnico como no artístico, ele inventava o tempo todo. O resultado é um filme em que o hibridismo dos sistemas é uma aula de como passar de um a outro sem que a narrativa não sofra com isso. À moda de um bom criminoso hitchcockiano: sem deixar rastros.CHANTAGEM E CONFISSÃO (Blackmail). Inglaterra, 1929, 85 min. Direção: Alfred Hitchcock. Com Anny Ondra, John Longden. Na Bandeirantes. Texto Anterior: Florença, capital italiana da cultura; Vida e morte de Leon Trotsky; Letterman recebe Sharon Stone; Filme inédito com Newman; Nos bastidores de Oliver Stone Próximo Texto: Humor tirado do horror Índice |
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