São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 1994
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Transplantado chegou a fazer duas cirurgias no coração

Cardíaco fumava 2 maços por dia e vivia sob estresse

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

José Carlos Ferreira, 55, transplantado cardíaco há mais de seis anos, foi uma das vítimas da doença que afeta as coronárias (artérias que irrigam o coração).
"Meu pai, minha mãe e meus irmãos morreram por problemas cardíacos. Eu sempre soube que tinha uma carga genética potencialmente perigosa."
Além da história cardíaca familiar, Ferreira fumava dois maços de cigarro por dia, levava uma vida sedentária, tinha pressão alta e vivia sob estresse contínuo.
A combinação foi explosiva. Aos 38 anos, ele teve um infarto extenso. Os exames revelaram que três coronárias estavam obstruídas.
"Coloquei três pontes de safena e fiquei ótimo. Mudei totalmente o estilo de vida. Parei de fumar, fiz esportes e cuidei da dieta."
A tranquilidade durou sete anos. Em 1985, passou a sentir dores no peito e os médicos diagnosticaram que as pontes de safena começaram a ficar obstruídas.
Tomou remédios, mas teve que ser operado dois anos depois para trocar as pontes. A nova cirurgia não teve muito êxito (as pontes não permitiam um bom fluxo de sangue e o próprio coração estava enfraquecido).
Decidiu-se que o transplante era a única solução. Ele teve que esperar mais de oito meses (até maio de 1988) por um doador.
Hoje, Ferreira leva uma vida normal. Trabalha oito horas por dia como prestador de serviços –cuida do financiamento de carros e de consórcios para os funcionários da Autolatina.
"De vez em quando ainda aparece um problema por causa dos fortes medicamentos que eu uso, mas, no geral, posso dizer que vou indo muito bem."
(JB)

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