São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 1994
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Obras continuam em penitenciária

DA REPORTAGEM LOCAL

A Penitenciária Feminina do Butantã terá a partir de hoje duas placas de inauguração. Uma registra a solenidade ocorrida em 20 de novembro de 1990, quando o governador era Orestes Quércia.
O presídio será "inaugurado" hoje pelo governador Luiz Antonio Fleury Filho, mas continuará em obras. Faltam equipamentos no hospital e a instalação de grades nas janelas da unidade.
Por isso, as 568 vagas da futura maior penitenciária feminina da América Latina só deverão estar totalmente ocupadas em 95.
Serão inauguradas, na verdade, as obras de ampliação e reforma do presídio, que abriga detentas desde de 90. Hoje, são 150 presas em regime semi-aberto (trabalham fora e só dormem do presídio).
A penitenciária fica no km 19,5 da rodovia Raposo Tavares. Da rodovia, pode-se imaginar que o prédio é um hospital ou até hotel.
Lá dentro, o presídio parece um colégio. Sua arquitetura não reproduz o padrão dos demais presídios. Não há muralhas, mas alambrados.
As presas não ficam em celas, mas em quartos com piso de taco revestido com verniz. Os quartos têm armários embutidos e são bem iluminados, com janelas de vidro.
A penitenciária ocupa um prédio que existe há 30 anos, que já abrigou seminaristas e quase chegou a ser um alojamento de atletas.
A concepção do presídio é moderna. Por exemplo, terá berçário, o que garantirá às presas o direito de amamentar seus filhos.
O hospital, com 40 leitos, atenderá pacientes com Aids e grávidas. O presídio tem ainda salas de aulas, salão de cabeleireiro (com cursos) e duas oficinas de trabalho, onde se fabrica móveis.
As mulheres são 3% do total de presos do Estado. Em julho, eram 900 em quatro presídios, sem contar as presas em distritos policiais.

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