São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 1994 |
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Jule Styne foi o mais discreto dos músicos Autor de 'Funny Girl' morreu aos 88 CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Embora dezenas de suas composições estejam entre as mais conhecidas do público norte-americano, seu nome não tem o mesmo nível de reconhecimento de outros que trabalharam com ele na Broadway. Só nesta década é que Styne começou a receber maiores provas de estima do público. Em 1990, ele ganhou um dos prêmios anuais oferecidos pelo Kennedy Center de Washington a artistas eméritos do país. Em 1991, o cantor Michael Feinstein gravou o seu "songbook", com o próprio Styne a acompanhá-lo ao piano. Este ano, Styne participou da reencenação de seu musical "Gentlemen Prefer Blondes", que tem estréia prevista para o próximo dia 5 na Goodspeed Opera House, em East Haddam, próximo a Nova York. Um dos motivos por que o nome de Styne não ficou tão conhecido quanto os Gershwin, Stephen Sondheim, Cole Porter, Irving Berlin e outros, é o fato de ele ter tido um número muito grande de parceiros. Com frequência, talvez por sua personalidade tímida segundo amigos, deixou que os parceiros ficassem com os méritos por suas canções. Apesar disso, sua morte foi noticiada na primeira página do jornal "The New York Times". Natural de Londres, onde nasceu em 1905, Styne emigrou para os EUA com oito anos. Depois de ter tocado em algumas grandes orquestras dos anos 20, se estabeleceu em Nova York e iniciou sua longa associação com a Broadway e, mais tarde, Hollywood. Muitas de suas músicas foram compostas especialmente para certos cantores preferidos, como Frank Sinatra e Barbra Streisand, que virou estrela graças ao espetáculo "Funny Girl", de 1964, quando interpretou seu maior sucesso, a canção "People". Styne ganhou um Oscar (por "Three Coins in the Fountain", em 54) e um Tony (por "Hallelujah, Baby!, em 67). Texto Anterior: Cena club de SP ganha cara internacional Próximo Texto: Começa amanhã a retrospectiva completa da obra de Orson Welles Índice |
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