São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 1994 |
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Brasil exporta pouca fruta
SUZANA BARELLI
Ainda não há previsões oficiais sobre o desempenho das exportações em 94. Mas é certo, segundo o setor, que a defasagem cambial deve diminuir o ganho este ano. "Temos dificuldade de tornar nossos preços competitivos no exterior e absorver a defasagem cambial", diz Américo Tavares, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Frutas. Segundo ele, a atual safra começou a ser cultivada com custos de 1 URV igual a US$ 1. E agora deve ser vendida com uma defasagem média de 15%. Outro problema, diz Tavares, é que o mercado interno está aquecido e isto tem levado os produtores a optar por vender os produtos no Brasil. Uma caixa de quatro quilos de manga, plantada em Israel e vendida na Europa, custa US$ 7 no local de destino. A mesma caixa no Ceagesp (centro de abastecimento de São Paulo) está custando R$ 25, segundo Tavares. Mas aqui, no hemisfério Sul, é entressafra do produto. "Só não devemos perder mercado no exterior porque a previsão é de grande produção", diz Tavares. Isto significa que haverá quantidade suficiente para abastecer o mercado interno e exportar. Uma eventual alta de preços no mercado interno não poderá ser combatida com a liberação das importações. Segundo Tavares, questões fitossanitárias impedem a importação de frutas tropicais. O ranking das exportações brasileiras de frutas é liderado pela laranja (89,8 mil t em 93), seguido pela banana (89,6 mil t), melão (67 mil t), abacaxi (35,9 mil t) e maçã (24,1 mil t). (SB) Texto Anterior: Certificado garante qualidade Próximo Texto: Holandês vende 112 vacas em cinco dias Índice |
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