São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 1994
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Construção civil inicia paralisação em S.Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

Também os trabalhadores na construção civil paulista inciaram ontem uma paralisação. Eles pedem 11,87% de antecipação (IPC-r), mais 36,22% de perdas entre maio/81 e maio/93.
Os empresários do setor oferecem 5% de reposição a partir do dia 1º deste mês. Em janeiro, antecipação da variação da cesta básica entre setembro e dezembro e mais 3% de aumento para os pisos.
Sindicatos de trabalhadores e patronal apresentaram números divergentes sobre a adesão à greve.
Para o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo, a paralisação atingiu, ontem, 70% dos 400 mil empregados na capital e 55% dos 600 mil no interior. No total, 610 mil trabalhadores parados.
Segundo Antonio de Souza Ramalho, diretor do sindicato, "a greve foi pacífica, sem nenhum incidente". O objetivo é parar, hoje, o restante da categoria, afirmou.
Os números divulgados pelo Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) mostram que apenas 3 mil trabalhadores pararam. Para o Sinduscon, somente 30 das 5 mil construtoras do Estado tinham trabalhadores parados.
O Sinduscon propõe, ainda, que seja criado um indexador específico que reflita a variação da cesta básica do trabalhador da construção civil desde 81. Se houver perdas em relação ao salário, seria negociada uma forma de reposição.

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