São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 1994 |
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Presidente do TRT se irrita e adia conciliação de bancários
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
"Em uma atitude insólita e pouco comum, as partes não trouxeram a razão do processo: a pauta de reivindicações", afirmou, irritado, o presidente do TRT. O juiz deu um prazo de 24 horas para as partes levarem ao TRT os mais de 150 itens da pauta de reivindicações. "O descumprimento vai caracterizar litigação de má-fé", disse Aidar. O litigante de má-fé é aquele que altera a verdade dos fatos ou usa do processo para conseguir objetivo ilegal e está sujeito a penas que podem chegar a multas diárias. Aidar marcou nova audiência para quinta-feira. "Parece que as partes tentaram até impedir que o tribunal concilie, se aliando a setores que, na Constituinte, tentaram extinguir a Justiça do Trabalho." "Entendemos que compete à defesa (os bancários) levar à Justiça sua pauta de reivindicações", afirmou o negociador da Fenaban, Alencar Rossi. Ele disse que, a pedido do juiz, vai encaminhar a pauta no tempo previsto. Rossi disse que há disposição da Fenaban "em celebrar acordo coletivo sem a necessidade de julgamento do dissídio." O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ricardo Berzoini, disse que não era dos bancários a responsabilidade de levar à Justiça a pauta de reivindicações. "Não fomos nós que recorremos ao TRT", afirmou. Segundo Berzoini, a atitude da Fenaban foi desrespeitosa com os juízes do TRT. "Eles tentaram usar os juízes como massa de manobra. Queriam que fossem discutidos a greve e o reajuste, sem entrar na conciliação questões como a manutenção do emprego." Os bancários também se comprometeram a levar ao TRT a pauta de reivindicações em 24 horas. Para hoje, os bancários prometem mais greves "surpresa" de uma ou duas horas em bancos privados. Os bancários querem reajuste de 119% mais 13% de produtividade (53% já e o restante parcelado). Os bancos oferecem 16%. Texto Anterior: Petroleiros decidem parar hoje e dissídio é julgado em Brasília Próximo Texto: Construção civil inicia paralisação em S.Paulo Índice |
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