São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 1994 |
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Gente com cara de gente
ZECA CAMARGO Uma sensível mudança na qualidade do "casting" para um catálogo é a lição bem aprendida num outro catálogo –esse de uma coleção inglesa. Essa lição é geralmente incorporada por estilistas, fotógrafos e designers gráficos pelo mundo (está também no já citado trabalho de Dolce & Gabbana) em diferentes níveis, mas o exemplo mais puro dela foi editado por Paul Smith.Nenhum dos homens que vestiram sua última coleção tinha cara de modelo. Doze rostos supremos (quase ordinários, mas de uma beleza bizarra e forte) foram registrados pelo fotógrafo David Bailey para o último inverno, nesse catálogo clássico e surpreendente ao mesmo tempo. Você já pode começar a se indignar e pensar que "isso de modelo" já é uma coisa ultrapassada... Mas tente se lembrar de alguns rostos que andavam junto com os corpinhos nas passarelas recentes: são aqueles modelinhos de sempre. Com exceção de duas modelos da safra nacional recente (Natália e Andréa), o resto é de uma beleza tão careta que parece que os diretores de "casting" estão deixando de perceber um detalhe fundamental: que o bom é ver gente com cara de gente. Texto Anterior: Além das passarelas Próximo Texto: Números musicais sustentam "Histórias de NY" Índice |
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