São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 1994 |
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Gafe 'manchou' estréia na TV
ARMANDO ANTENORE
"Uma das piores aconteceu na Tupi, justamente quando ganhei meu primeiro papel." Tatá interpretava um copeiro em uma trama policial. "Não recordo o título da peça. Só sei que se baseava num romance de Agatha Christie." O copeiro era a testemunha de um assassinato. Às tantas, surgia em cena para enfrentar o interrogatório do inspetor que investigava o crime. O policial mencionava o nome de um dos suspeitos e perguntava: "Foi esta pessoa que você viu no momento do tiro?" Ao copeiro, cabia responder um sonoro "não". Era a única palavra que Luis Gustavo teria de dizer durante toda a peça. Pouco antes de Tatá entrar em cena, colegas veteranos tentavam confundi-lo. "Não vai esquecer, garoto. Você tem que olhar o inspetor e falar sim", ensinava um dos atores. "Nada disso. Você tem que responder não", dizia outro. "Fui ficando nervoso com aquela brincadeira", lembra Luis Gustavo. "Minhas mãos suavam. Queria me concentrar, mas os veteranos não paravam de tagarelar." Quando o inspetor deu a deixa para o copeiro aparecer, um dos atores agarrou Tatá, o encarou e disse, bem rápido: "Sim, não, sim, não, sim, não." "Fui para a frente das câmeras totalmente atordoado. O inspetor se aproximou e fez a pergunta fatal: é esta a pessoa que você viu no momento do tiro?" Luis Gustavo titubeou por alguns segundos e respondeu: "Nim!" "Deixei o palco deprimidíssimo. Não podia acreditar. Dei aquele fora logo na minha estréia. Saí correndo da Tupi. Nem esperei a cena terminar." No dia seguinte, envergonhado, Tatá perguntou aos colegas como fizeram para se desvencilhar do apuro em que a resposta "enigmática" do copeiro os metera. "Nunca me contaram." (AA) Texto Anterior: Luis Gustavo reencontra Beto Rockfeller Próximo Texto: Tudo pelo social; Doce de leite; Pagode Índice |
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