São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 1994
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Máquina de loja custa até 80% menos

PAULO FERNANDO SILVESTRE JR.
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O fim da reserva para o mercado de informática e a chegada dos grandes fabricantes estrangeiros de microcomputadores acirraram a disputa pela preferência do usuário, especialmente o de menor poder aquisitivo.
Esse segmento, que vinha sendo atendido principalmente pelo mercado informal, começa a conhecer as vantagens dos micros vendidos legalmente, como grandes redes de assistência técnica.
Há os de grifes internacionais, como Compaq, IBM e Apple, ou marcas brasileiras mais famosas –Itautec e Microtec, por exemplo–, e também os de marcas pouco conhecidas ou mesmo sem marca, montados por lojas ou pequenas empresas.
Apesar de não possuírem a estrutura das grandes indústrias, as lojas e pequenas empresas oferecem máquinas por um preço menor, que é o grande atrativo das máquinas sem grife.
No caso de equipamentos mais sofisticadas, como servidores para uso com redes de computadores, o usuário chega a pagar 80% a menos por uma máquina sem marca.
A diferença cai até cerca de 30%, nos computadores mais simples (veja quadro ao lado).
Os grandes fabricantes contra-atacam com equipamentos que apresentam baixas taxas de falhas, prazos de garantia que chegam a três anos e redes nacionais de suporte pós-venda ao cliente.
A porcentagem do mercado abocanhada por cada tipo de computador é motivo de controvérsia.
Dados do IDC, instituto de pesquisas especializado em informática, apontam que 40% do mercado brasileiro é dominado por equipamentos informais, incluindo aí o contrabando. Alguns vendedores acreditam que essa cifra pode chegar a 90%.
Há também a opção de se montar em casa um "frankenstein", reduzindo ainda mais os custos (leia texto abaixo). Essa, porém, é uma tarefa que exige um conhecimento básico de eletrônica, além de alguma habilidade.
Segundo Silvio Genesini, sócio-diretor da Andersen Consulting, o futuro usuário deve considerar sua necessidade de assistência técnica e de orientação para o uso do equipamento, serviços mais comumente oferecidos pelas marcas famosas.
Para Genesini, qualquer pessoa pode montar um computador que "funciona igualzinho" à máquina de uma grande fabricante.
"O grande ponto que agora aparece é a questão do serviço, do suporte pós-venda. Você tem que conhecer a empresa e adequar suas expectativas ao serviço que ela pode oferecer", diz.

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