São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994
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Saúde é acusada de superfaturar compra

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está sendo acusada de superfaturamento na compra de 7,3 milhões de camisinhas.
Só a Udifar Comércio e Indústria de Material Hospitalar participou da concorrência oferecendo preservativos importados por R$ 0,50 a unidade –valor próximo ao cobrado por farmácias no varejo.
Duas outras empresas informaram que forneceriam preservativos pela metade do preço, desde que houvesse prazo maior para entrega. O edital fixava 30 dias.
A Blowtex informou que poderia fornecer em 30 dias 1 milhão de unidades por R$ 0,20 cada. A Inal, fabricante das camisinhas Olla, poderia entregar 1,2 milhão de preservativos em 60 dias por R$ 0,22 a unidade.
O deputado Antenor Chicarino (PT) deve entrar hoje com representação junto à Procuradoria Geral da Justiça do Estado pedindo anulação da concorrência. "A licitação foi fraudada", disse.
A Secretaria da Saúde informou ter urgência na entrega das camisinhas, daí a fixação do prazo de 30 dias para entrega.
Segundo José Ênio Cervilha Duarte, chefe de gabinete da secretaria, o prazo foi estipulado por órgãos responsáveis pelos programas de prevenção à Aids e doenças sexualmente transmissíveis.
"Gostaríamos que o preço fosse menor, mas infelizmente outras empresas não se interessaram."

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