São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994
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FMI acha que plano vai bem

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Fundo Monetário Internacional considera que o Plano Real está dando bons resultados e espera que ele seja acompanhado de medidas "apropriadas" que levem o país a acelerar seu ritmo de crescimento. "Temos muitas esperanças de que o plano permita ao Brasil redução substancial e duradoura da inflação", disse Fleming Larsen, principal assessor do Departamento de Pesquisas Econômicas do FMI, em Madri, onde se realiza a assembléia anual conjunta FMI-Banco Mundial.
"Na medida em que o país coloque sob controle o déficit fiscal e se implementem as reformas estruturais necessárias, aumentam as chances de que seu desempenho econômico melhore, como ocorreu no resto da América Latina", afirmou.
"A forte redução da inflação no Brasil foi alentadora", diz o "Panorama Econômico Mundial" divulgado ontem pelo FMI.
O Plano Real fez o FMI rever suas expectativas sobre o crescimento econômico do Brasil este ano. Em seu informe de maio, o Fundo previu que o PIB evoluiria 2%. Agora, a instituição projeta aumento de 3%.
O FMI prevê que o aumento dos juros nos países industrializados coloca em risco o grande afluxo de capital externo para a América Latina. Segundo o Banco Mundial, os países latinoamericanos têm recebido nos últimos anos US$ 60 bilhões anuais de investidores estrangeiros. Eles estão no segundo lugar entre os que mais receberam dinheiro de fora entre 90 e 93 –depois dos países asiáticos.
México, Argentina e Chile foram alguns dos países que mais se beneficiara, de investimentos diretos (para ampliação da capacidade de produção) –em conjunto, receberam US$ 12 bilhões anuais.

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