São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994
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Tucano diz que gastou apenas R$ 20 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato à Presidência da República pela aliança PSDB-PFL-PTB, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), disse ontem à noite que o "último número" a que teve acesso sobre os gastos de sua campanha atingia R$ 20 milhões.
A afirmação foi feita em resposta ao programa eleitoral do PDT de ontem à noite, segundo o qual a campanha tucana já teria gasto US$ 800 milhões.
"É por isso que o Brizola não vai para a frente. O pessoal percebe que ele perdeu o senso de proporção", afirmou o candidato após gravar o programa "Fogo Cruzado", da TV Gazeta.
Durante a gravação do programa, que iria ao ar no final da noite, FHC voltou a questionar o tratamento dado pela Folha ao apoio que ele recebeu anteontem do usineiro João Tenório, um dos financiadores da campanha de Fernando Collor em 89.
Respondendo a uma pergunta sobre o usineiro, disse não ter recebido o apoio de Tenório, mas sim do candidato do PMDB ao governo alagoano, Divaldo Suruagy.
"Isso é errado", afirmou. "Esse tratamento induz a uma leitura errada. Distorce. A manchete da Folha é uma manipulação", afirmou o candidato do PSDB.
A manchete a que o candidato se referiu –na verdade o título da primeira página do caderno "Supereleição"– é: "FHC recebe apoio de peemedebista de AL e de usineiro que financiou Collor".
"Eu não sou Collor, eu não tenho nada a ver com Collor, essa não cola", disse o candidato.
Ao responder a uma pergunta que citava a "tara" dos partidos que o apóiam, o PFL e o PTB, por cargos, voltou a afirmar: "A fisiologia está distribuída por quase todos os partidos".
FHC voltou a dizer que não vai aceitar pressões de parlamentares por indicação de ministros. "Se eleito, vou montar a equipe tendo em vista o perfil das pessoas em função dos projetos".

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