São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994
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Seleção italiana vai tentar o bi na Grécia

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção da Itália chega ao Campeonato Mundial de vôlei não apenas como favorita para vencer o Grupo C –em que tem como rivais as equipes da China, Japão e Bulgária–, como também a sair da Grécia com o título de bicampeã do mundo.
Primeira colocada no Mundial de 1990, disputado no Rio de Janeiro, a seleção italiana seguiu com moral para a Olimpíada de Barcelona, em 1992, mas foi surpreendentemente derrotada pela Holanda e acabou na 5ª colocação.
Os italianos conseguiram se recuperar e, no último dia 30 de julho, em Milão, conquistaram o título da Liga Mundial ao derrotar a seleção cubana.
À semelhança do técnico José Roberto Guimarães, do Brasil, o treinador Julio Velasco tenta fazer com que todos os seus jogadores ataquem durante as partidas.
Durante a fase final da Liga-94, o ataque italiano teve 86,4% de aproveitamento, só sendo superado pelo do Brasil (87,7%). A defesa do time também teve boa atuação, com 62,5% de aproveitamento.
Além do veterano Zorzi, os atacantes Gianni e Bracci se destacam na equipe. Os dois tiveram 86% de eficiência no ataque.
Também a Bulgária deve se classificar para a segunda fase do Mundial. No último mês de setembro, os búlgaros conseguiram causar uma crise dentro da seleção brasileira ao vencer dois dos quatro amistosos em que as duas equipes se enfrentaram no Brasil.
Os resultados espelham a curva ascendente de aproveitamento do time, que, no Mundial da Grécia, mesclará jogadores jovens à experiência do gigante Ganev, 29 anos e 2,10 m.
Japão e China completam o Grupo C. Os primeiros detêm a façanha de participar de todos os Mundiais desde 1960, assim como o Brasil (sem contar a ex-URSS e a ex–Tchecoslováquia). Mas, em 90, não passaram de um 11º lugar. Os atacantes Nakagaichi e Aoyama, destaques do time, pretendem desmanchar a má impressão.
Já a China terá de mostrar evolução no ataque e evitar erros na defesa se pretende durar no torneio.

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