São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994 |
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Pai visita delegacia diariamente
LUIS HENRIQUE AMARAL
Há quatro anos, Alves havia perdido seu primogênito. Ambos foram assassinados no Capão Redondo, o bairro mais violento de São Paulo. Desde que o primeiro filho morreu, há quatro anos, o "seu Damião", como é conhecido, ia uma vez por semana à delegacia do Capão Redondo perguntar sobre novidades nas investigações. Depois que morreu o segundo filho, as visitas têm sido diárias. "Nenhum deles tinha passagem pela polícia", atesta o delegado Luiz Antonio Rebello, do 47º DP. O primeiro crime –a morte de Paulo Sérgio, então com 19 anos– está registrado como de "autoria desconhecida". Ele era estudante e técnico de manutenção elétrica e hidráulica. A polícia ainda investiga a morte do segundo filho, Fábio. Ele tinha 18 anos e recebeu três tiros quando saía da casa de um amigo, onde assistiu à final da Copa. Cursava o 2º colegial e trabalhava. A polícia trabalha com a hipótese de que ele tenha sido morto por engano, confundido com um dos traficantes que travam um guerra pelo domínio do bairro. (LHA) Texto Anterior: Total de homicídios cresce 21% este ano Próximo Texto: Diminui consumo de água em São Paulo Índice |
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