São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994 |
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Nova versão antipatiza com PT
LUÍS ANTÔNIO GIRON
"O PT tentou barrar nossa luta pela carteirinha e domina a UNE. O governador doou o terreno da nossa sede", conta. Além da venda de carteirinhas (arrecadou R$ 32 mil este ano), o CPC busca parcerias com órgãos públicos. Também recebeu dinheiro da Secretaria Municipal de Cultura. O CPC funciona com o seguinte organograma: uma coordenadora, vice-presidente, departamentos de divulgação e de seleção de textos e uma equipe de projeção de vídeos nas escolas. A entidade foi criada em assembléia do congresso da Umes, realizado em março. Vários grupos de discussão se reuniram e concluíram que o pedido mais constante dos estudantes secundaristas era pela criação de espaços de veiculação de textos, vídeos e shows. "Existe uma demanda reprimida para a produção cultural", diz Cassandhra. Três princípios nortearam a criação do núcleo de comando da entidade: estimular a cultura e o patrimônio nacionais, a reforma do ensino e lutar contra a privatização das estatais estratégicas. Os moldes utilizados saíram diretamente do CPC original. Cassandrha pediu orientação a Ferreira Gullar. "Percebemos que era preciso dar formação ao núcleo e dotar o CPC de estrutura administrativa", afirma. Entre maio e julho, foi formado um grupo de estudos, que passou a ter aulas com Sérgio Torres (de Filosofia), Denoy Oliveira (direção teatral e texto) e o cineasta Hermano Penna (cinema). Os textos de Gullar foram lidos e analisados. A peça "Querem Bater Minha Carteira" surgiu de discussões a respeito da carteirinha e da oposição ao PT. O núcleo conseguiu reunir um elenco de 22 pessoas. Entre os projetos do CPC está a publicação de textos inéditos e a realização, no ano que vem, de um festival de MPB. (LAG) Texto Anterior: Carlos Lyra planeja reconstruir entidade no novo prédio da UNE Próximo Texto: Patrícia de Sabrit fala da experiência artística Índice |
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