São Paulo, sexta-feira, 30 de setembro de 1994 |
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Karina afirma que realizou 'um sonho' Pivô do basquete vira cidadã brasileira JOSÉ KOSMINSKY
Segundo a atleta argentina, este foi um sonho que se concretizou, já que sempre sonhou em ser brasileira. "Quero poder sair na rua e sentir que este país também é meu", disse. Karina negou que tenha se naturalizado para poder jogar pela seleção brasileira. Segundo a assessora de imprensa da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Marisa Mendes, a lei da Fiba (Federação Internacional de Basquete) proíbe que uma atleta atue por mais de uma seleção nacional. Karina já disputou pela Argentina o sul-americano nas categorias cadetes e juvenil. Folha - Como você ficou sabendo da aprovação do seu processo de naturalização? Karina - Eu cheguei em casa e tinha um recado na secretária eletrônica para eu ligar urgente para a Hortência. Eu achei que era algum problema na Ponte, mas logo que ela atendeu o telefone me disse: "você agora já é brasileira". Folha - Qual foi sua reação? Karina - Fiquei muito feliz pois foi um sonho que eu pude concretizar e que perseguia há muito tempo. Esta notícia divide a minha vida em dois. Antes e depois da naturalização. Psicologicamente também vai haver mudanças. Meu coração já era brasileiro faz tempo e hoje me sinto como se tivesse nascido agora. Quero poder sair nas ruas e sentir que este país também é um pouco meu. Folha - Você se naturalizou para poder jogar pelo Brasil? Karina - Não estou preocupada em jogar pela seleção agora. Consegui um sonho que era ser brasileira, mas não foi para poder atuar na seleção. Senão eu poderia jogar a Olimpíada pela Argentina. Tomara que eu possa jogar pela seleção brasileira, mas o sentimento de ser brasileira é muito mais importante do que qualquer jogo de basquete. Texto Anterior: Passes preocupam o técnico do Palmeiras Próximo Texto: Empresa paga US$ 500 mil por um recorde Índice |
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