São Paulo, domingo, 1 de janeiro de 1995
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Candidato vê coincidência

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os novos candidatos a sociólogo dizem que a intenção de fazer o curso é anterior à ascensão de FHC. Anterior mesmo ao fenômeno Betinho-Herbert de Souza, sociólogo que ganhou notoriedade à frente da campanha contra a fome.
O corretor de seguros Jonas Gonçalves, 32, que se inscreveu na Escola de Sociologia e Política, diz que "foi apenas coincidência". "Eu já pensava nisso há dois anos." Ele acha, no entanto, que um sociólogo na presidência pode "animar o curso e até o mercado".
A gerente de livraria Marli Ribeiro diz que FHC nada teve com sua escolha.
O escriturário José Divino da Silva, 24, diz que o presidente "pode até prejudicar". "É uma ilusão pensar que a sociologia tem um grande futuro. O Fernando Henrique vem de outro berço, estudou na Europa, é outra coisa."
Silva diz que seu interesse pela sociologia surgiu na periferia, onde mora. "Vejo os meninos da rua e as pessoas que bebem. A sociologia vai me ajudar a entender esse mundo." Silva não tem idéia de onde encontrará emprego depois de formado.
(AB)

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