São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Inventor da data falta à posse

FERNANDO RODRIGUES
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O inventor da posse do presidente da República no dia 1º de janeiro, o deputado federal Max Rosemann (PDT-PR), não foi ontem a Brasília e faltou à cerimônia.
Na casa de Rosemann em Brasília, a Folha foi informada de que o parlamentar estava em Curitiba (PR). Em Curitiba, ninguém atendia o telefone em sua casa.
A posse no dia 1º de janeiro é resultado da Constituição de 1988. Como o comparecimento de chefes de Estados estrangeiros foi baixo, a mudança da data é dada como certa numa eventual reforma constitucional no governo FHC.
O assunto é tratado no artigo 82 da Constituição. O mandato do presidente "terá início em 1º de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição", diz o texto.
Antes, a posse do presidente era marcada para o dia 15 de março do ano seguinte ao da sua eleição.
A decisão de antecipar a data ocorreu por dois motivos: abreviar o período de mais de cinco meses entre a eleição (3 de outubro, no caso de haver apenas primeiro turno) e a posse; evitar que o governo que estivesse saindo comprometesse o Orçamento da União nos primeiros meses do ano, antes da posse do novo governante.
Este ano, o Itamaraty chegou a cogitar de fazer a festa oficial da posse alguns dias depois do dia 1º. Mas a idéia foi descartada pelo próprio presidente.
(FR)

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