São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995 |
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Andrade Vieria critica reforma agrária
LUCAS FIGUEIREDO
Segundo ele, uma política de emprego e aumento dos salários no campo "é uma opção" ao programa de reforma agrária. Ele entende que estas medidas equacionam problemas de assentamento de terra no campo. "Não podemos mais conviver com assentamentos e invasões", disse o novo ministro, que é um dos donos do banco Bamerindus. O programa do governo FHC prevê o assentamento de 100 mil famílias em quatro anos. Andrade Vieira evitou responder qual seria sua meta e disse que a reforma agrária é prioridade do governo. Falando aos jornalistas, ele chegou a criticar a reforma agrária. "Em alguns casos, onde a reforma foi feita, quem ganhou a terra não ficou nela nem seis meses." Como opção à reforma agrária, Andrade Vieira sugeriu uma política de contratos de arrendamento. O ministro assumiu a postura de liderança política do governo, deixando claro que quer ser, no Congresso, um dos principais articulares na reforma da Constituição. Ele chamou de "resquício autoritário" o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), formado por secretários estaduais de Fazenda. "Já temos maioria no Congresso e na reforma da Constituição iremos eliminar o Confaz." Ele afirmou que irá brigar na revisão pela imunidade de impostos para os produtos da cesta básica, insumos, máquinas, tratores e equipamentos agrícolas, assuntos hoje tratados pelo Confaz. Andrade Vieira disse que o país poderá produzir o "trator popular" (com até 55 cavalos de força). Texto Anterior: PMDB-PB insiste em desvincular secretaria Próximo Texto: Malan defende ajuste em bancos oficiais Índice |
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