São Paulo, terça-feira, 3 de janeiro de 1995
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Indústrias do interior repõem estoques

LUÍS EBLAK
DA FOLHA NORDESTE

As indústrias da região de Ribeirão Preto vão usar a redução das alíquotas de importação do Mercosul (Mercado Comum do Sul) para repor seus estoques.
As empresas estão enfrentando escassez de matérias-primas, principalmente plásticos e papel, usados para a confecção das embalagens. Algumas indústrias já estavam importando produtos e matérias-primas desde o ano passado. Com o Mercosul, elas estimam economizar até 50% nas compras.
A indústria alimentícia Cory, de Ribeirão Preto, chegou a substituir ou cancelar 20% de seus pedidos por causa da escassez de plástico para embalagens.
Desde outubro de 94 a empresa passou a importar, da Argentina, 50t mês de embalagens flexíveis para abastecer seus estoques.
A gerente de marketing da Cory, Sandra Campos, 32, disse que a indústria deve aumentar a importação de plástico da Argentina por causa do Mercosul, mas ainda não tem uma estimativa.
A Mabel, fabricante de biscoitos, também de Ribeirão, vai aguardar os primeiros seis meses do Mercosul para tomar alguma decisão, diz o gerente regional de vendas Sérgio Roberto Ramos, 43.
A Refrescos Ipiranga, distribuidora da Coca-Cola em Ribeirão, importou em dezembro, da Argentina, 120 geladeiras e aparelhos "vending machines" –máquinas de vendas automáticas através do uso de fichas.
Ana Maria Trindade, 31, gerente de materiais e patrimônio, disse que a empresa economizou 30% com as importações sem as alíquotas reduzidas. Ela estima que, com o Mercosul, a Ipiranga deve economizar até 50%.
A Intelli (Indústria de Terminais Elétricos Ltda.), de Orlândia, importa 100t de cobre por mês.
Cerca de 20% vem da Argentina. O restante, segundo o diretor financeiro da empresa, Roberto Tinassi, 33, é importado do Chile, que não integra o Mercosul.

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